segunda-feira, 29 de abril de 2013

Chuvas na Bíblia: Temporã e Serôdia


Estes termos estão relacionados ao ciclo de chuva de Israel. A temporã regava a semente plantada e ajudava a germinar, enquanto a serôdia caía no fim do ciclo agrícola para amadurecer o grão e leva-lo até a colheita.

As duas eram importantes para ter uma boa colheita, sem a primeira não germinaria a semente, sem a segunda a espiga não estaria pronta para a colheita. Como o orvalho e a chuva são dados primeiro para fazer com que a semente germine, e então para amadurecer a colheita, assim é dado o Espírito Santo para levar avante, de uma etapa para outra, o processo de crescimento espiritual.(E recebereis poder, Ellen White).
Historicamente a chuva temporã caiu no Pentecostes, em 31d.C. Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, Só depois de haverem entrado em união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições mais elevadas, foi o Espírito derramado. (Testemunhos Seletos, vol.3, Ellen G. White)
 Assim como a "chuva temporã" foi dada, no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a "chuva serôdia" será dada em seu final para o amadurecimento da seara. (O Grande Conflito, pág. 611, Ellen G. White).

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Como estudar os Escritos de Ellen White


1. Comece a estudar com uma atitude de oração, crendo que eles contêm princípios de origem divina para abençoar sua vida. Não se esqueça de que os escritos dela jamais devem tomar o lugar da fé, do esforço, da iniciativa ou do estudo da Bíblia.

2. Estude todos os conselhos disponíveis acerca de determinado assunto para obter uma compreensão completa sobre esse tópico. Tire conclusões com base em tudo o que ela escreveu sobre um tema, e não se apoie em apenas uma declaração.

3. Estude os conselhos de Ellen White levando em conta seu contexto e sentido original. Melhor do que ler uma seleção de frases escolhidas por uma pessoa ou algum grupo, é estudar os conselhos através dos livros originais.

4. Tenha sempre em mente o tempo e as circunstâncias em que os conselhos de Ellen White foram originalmente formulados. Isso é especialmente importante quando se trata de conselhos que, a princípio, foram enviados para pessoas ou instituições específicas.

5. Em todos os casos, procure descobrir os princípios básicos que estão contidos nos conselhos, antes de aplicá-los a situações atuais. Os princípios que fundamentam os escritos de Ellen White têm aplicação universal.

6. Encare seriamente todos os escritos de Ellen White. Não aceite apenas algumas partes, enquanto rejeita outras.

7. Reconheça que os princípios expressos nos textos de Ellen White relacionados com a saúde não contrariam a ciência e estão sendo repetidamente confirmados pelas pesquisas através dos anos. Entretanto, se uma declaração ocasional despertar dúvida, lembre-se de que Deus jamais prometeu remover todas as dúvidas.

8. Seja absolutamente honesto consigo mesmo no que se refere à sua responsabilidade pessoal diante dos escritos de Ellen White. Estude para descobrir o que Deus quer que você compreenda, e não para encontrar apoio para conclusões pessoais.

9. Ao tirar conclusões com base nos escritos de Ellen White, seja tolerante com os outros. Pessoas com conhecimento e experiências diferentes podem reagir de forma diferente aos conselhos. Algumas coisas possivelmente terão de ser ajustadas diretamente entre Deus e a consciência da pessoa.

10. Não se desanime se tiver dificuldade para alcançar os ideais propostos nos escritos de Ellen White. Deus jamais rejeita ou descarta aqueles que, pela Sua graça, estão em processo de aperfeiçoamento.

(baseado no Guia Conectando com Jesus)


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Como vencer...



    Vitória por Meio de Cristo 

    Sendo que o homem caído não podia vencer a Satanás na sua força humana, Cristo veio das cortes reais do Céu para ajudá-lo com Sua força humana  e divina combinadas. Cristo sabia que Adão no Éden com suas vantagens superiores podia ter enfrentado as tentações de Satanás e tê-lo vencido. Igualmente sabia que não era possível ao homem fora do Éden, separado da luz e do amor de Deus desde a queda, resistir às tentações de Satanás na sua própria força. Para trazer esperança ao homem e salvá-lo da completa ruína, Ele humilhou-Se a ponto de tomar a natureza humana, combinando o Seu poder divino com o humano, a fim de que pudesse alcançar o homem onde ele estava. Ele obteve para os caídos filhos e filhas de Adão a força, que por si mesmos é impossível obter, mas em Seu nome poderiam vencer as tentações de Satanás. 

    O exaltado Filho de Deus, ao assumir a humanidade, aproximou-Se do homem, ficando como o Substituto do pecador. Identificou-Se com os sofrimentos e aflições dos homens. Foi tentado em todos os pontos como o homem é tentado, para que pudesse socorrer àqueles que seriam tentados. Cristo venceu em lugar do pecador. 

    Jacó, na noite de sua visão, contemplou a Terra ligada ao Céu por uma escada que alcançava o trono de Deus. Ele viu os anjos de Deus, vestidos com vestimentas de brilho celestial, descendo do Céu e subindo ao Céu nessa luminosa escada. O pé da escada repousava na Terra, enquanto o seu topo alcançava o mais alto dos Céus, tocando no trono de Jeová, O brilho do trono de Deus irradiava pela escada abaixo e refletia uma luz de glória inexprimível sobre a Terra. Essa escada representava a Cristo, que abriu a comunicação entre a Terra e o Céu. 

    Na humilhação de Cristo, Ele desceu às mais profundas misérias humanas, em simpatia e compaixão pelo homem caído, que era representado por Jacó, num dos lados da escada, que tocava a Terra, enquanto o topo da escada, que alcançava o Céu, representava o poder divino de Cristo segurando o Infinito, e assim unia a Terra ao Céu e o homem finito ao infinito Deus. Através de Cristo a comunicação está aberta entre Deus e o homem. Anjos podem ir e vir do Céu à Terra, com mensagens de amor ao homem caído, e ajudar aqueles que herdarão a salvação. É através de Cristo, unicamente, que os mensageiros celestes assistem aos homens. 

    Adão e Eva, no Éden, foram colocados sob circunstâncias bem favoráveis. Tinham o privilégio da comunhão com Deus e os anjos. Estavam livres da condenação do pecado. A luz de Deus e dos anjos estava com eles e ao redor deles. O Autor da vida era o seu professor. Mas eles caíram sob o poder e tentações do manhoso inimigo. Por quatro mil anos Satanás tinha trabalhado contra o governo de Deus e obtivera força e experiência de tal prática. 

    Os homens caídos não tinham as vantagens de Adão no Éden. Tinham estado separados de Deus por quatro mil anos. A sabedoria para entender e o poder para resistir às tentações de Satanás tinham-se tornado cada vez menores. Até parecia que Satanás reinava triunfantemente sobre a Terra. 

O apetite e a paixão, o amor ao mundo e os pecados insolentes foram as grandes ramificações do mal, das quais cresceram muitas espécies de crime, violência e corrupção. Satanás foi vencido no seu objetivo de dominar a Cristo consoante ao apetite. E aqui, no deserto, Cristo alcançou a vitória em favor da humanidade, justamente no ponto do apetite, tornando possível ao homem, no tempo futuro, em Seu nome, vencer a força do apetite em seu próprio benefício. 

(Ellen G. White, No Deserto da Tentação)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A vida devocional do Remanescente



Vida Dupla 

    Nesta época, pouco antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, deve ser efetuada uma obra como a de João [Batista]. Deus chama homens que preparem um povo para permanecer em pé no grande dia do Senhor. ... Para transmitir tal mensagem como a de João precisamos ter uma experiência espiritual como a sua. A mesma obra precisa ser efetuada em nós. Temos de contemplar a Deus, e, contemplando-O, perder de vista o próprio eu. Testimonies, vol. 8, págs. 332 e 333. 
    A comunhão com Deus refletir-se-á no caráter e na vida. Os homens conhecerão em nós, como nos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. Eis o que dá ao obreiro um poder que nada mais será capaz de lhe comunicar. Jamais devemos permitir ser privados de tal poder. Carecemos de viver uma vida dupla - vida de pensamento e de ação, de silenciosa prece e infatigável trabalho. A Ciência do Bom Viver, pág. 512. 
    Oração e esforço, esforço e oração, serão a ocupação de vossa vida. Deveis orar como se a eficiência e o louvor fossem todos atribuíveis a Deus, e labutar como se o dever fosse todo vosso. Testimonies, vol. 4, pág. 538. 
 Ninguém, sem oração, se encontra livre de perigo durante um dia ou uma hora que seja. O Grande Conflito, pág. 530. 
    Aquele que nada faz senão orar, em breve deixará de o fazer. Caminho a Cristo, pág. 101. 

    Firmemente Fundados em Cristo 

    A tempestade vem, a tempestade que há de provar a fé de todo homem, de que espécie é. Os crentes devem estar agora firmemente arraigados em Cristo, do contrário serão extraviados por algum aspecto do erro. Evangelismo, pág. 361. 
    Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. O Desejado de Todas as Nações, pág. 83. 
    A única defesa contra o mal, é Cristo habitar no coração mediante a fé em Sua justiça. A menos que nos unamos vitalmente a Deus, nunca poderemos resistir aos não santificados efeitos do amor-próprio, da condescendência com nós mesmos e da tentação para pecar. Podemos deixar muitos hábitos maus, podemos por tempos separar-nos de Satanás; mas sem uma ligação vital com Deus pela entrega de nós mesmos a Ele momento a momento, seremos vencidos. Sem conhecimento pessoal com Cristo e constante comunhão achamo-nos à mercê do inimigo, e havemos afinal de fazer-lhe a vontade. O Desejado de Todas as Nações, pág. 324. 
Cristo, e Ele crucificado, eis o que deve constituir o tema de nossas meditações, de nossas conversas, e de nossas mais gratas emoções. Caminho a Cristo, págs. 103 e 104. 

    Moldados Pelo Espírito Santo 

    O coração humano não conhecerá felicidade enquanto não se submeter a ser moldado pelo Espírito de Deus. O Espírito afeiçoa a renovada alma ao modelo, Jesus Cristo. Mediante Sua influência, a inimizade para com Deus é mudada em fé e amor, e o orgulho em humildade. A alma percebe a beleza da verdade, e Cristo é honrado em excelência e perfeição de caráter. Nossa Alta Vocação (Meditações Matinais, 1962), pág. 150. 
    Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do coração, que não necessite achar-se a todo o instante sob a direção do Espírito de Deus. Patriarcas e Profetas, pág. 421. 
    O Espírito nos ilumina as trevas, informa nossa ignorância, e ajuda-nos em nossas múltiplas necessidades. Mas a mente precisa dilatar-se constantemente para Deus. Caso seja permitido que se introduza aí o mundanismo, se não temos desejo de orar, nem desejo de comungar com Aquele que é a fonte de força e sabedoria, o Espírito não habita em nós. Nossa Alta Vocação (Meditações Matinais, 1962), pág. 152. 

    A Necessidade de Estudar a Bíblia 

    Nenhum coração renovado poderá ser conservado em estado de aprazibilidade sem a aplicação diária do sal da Palavra.  A graça divina deve ser diariamente recebida, do contrário homem algum permanecerá convertido. Nossa Alta Vocação (Meditações Matinais, 1962), pág. 213. 
    Seja a vossa fé consubstanciada pela Palavra de Deus. Agarrai firmemente o testemunho vivo da verdade. Tende fé em Cristo como Salvador pessoal. Ele tem sido e será sempre a nossa Rocha dos Séculos. Evangelismo, pág. 362. 
    Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e esta preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo levar a vida em conformidade com o seus preceitos. Profetas e Reis, pág. 626. 
    Pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o espírito com as verdades da Escritura, poderá resistir no último grande conflito. O Grande Conflito, pág. 593. 
    Apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras e receberem o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo. O Grande Conflito, pág. 625. 
    Nosso povo precisa compreender a Palavra de Deus; carecem de um conhecimento sistemático dos princípios da verdade revelada, que os habilitará para o que há de vir sobre a Terra e os impedirá de serem levados em roda por todo vento de doutrina. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 101. 

(Ellen G. White, Capítulo 5 do Livro Eventos Finais)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Trabalho no Éden



Adão, Eva e seu Lar Edênico 

    Deus, em conselho com Seu Filho, estabeleceu o plano de criar o homem à Sua própria imagem. O homem deveria ser colocado sob período de prova. Deveria ser testado e provado; se suportasse o teste de Deus e permanecesse leal e verdadeiro através da primeira prova, não ficaria assediado por tentações contínuas, mas seria exaltado à igualdade com os anjos e feito, daí por diante, imortal. 
    Adão e Eva saíram das mãos do Criador na completa perfeição do dote físico, mental e espiritual. Deus plantou para eles um jardim e os cercou de tudo o que era belo e atraente aos olhos, como requeriam suas necessidades físicas. Esse santo par via um mundo de insuperável beleza e glória. O benevolente Criador deu-lhes evidências de Sua bondade e amor ao providenciar-lhes frutas, vegetais, grãos e fez crescer na terra toda variedade de árvores úteis e bonitas. 
    O santo par olhou para a Natureza como um quadro de deslumbrante formosura.  A terra, amarronzada, estava coberta de um carpete vivo, esverdeado, diversificado com variedades intermináveis de flores de perpetuação própria. Arbustos, flores e trepadeiras embelezavam o cenário com sua exuberância e fragrância. As muitas variedades de árvores altaneiras estavam carregadas de frutos deliciosos de toda espécie, adaptados a satisfazerem o paladar e os desejos dos felizes Adão e Eva. Deus providenciou este lar edênico para os nossos primeiros pais, dando-lhes evidências inequívocas do Seu grande amor e desvelo por eles. 
    Adão foi coroado rei no Éden. Foi-lhe dado domínio sobre todos os seres viventes que Deus tinha criado. O Senhor abençoou Adão e Eva com inteligência tal que Ele não tinha dado a nenhuma outra criatura. Conferiu a Adão o poder sobre todas as obras criadas, de Suas mãos. O homem, feito à imagem divina, poderia contemplar e apreciar as obras gloriosas de Deus na Natureza. 
    Adão e Eva podiam divisar a habilidade e a glória de Deus em cada haste de grama, arbusto e flor. A beleza natural que os envolvia refletia-se como um espelho de sabedoria, excelência e amor do seu Pai celestial. Seus cânticos de afeição e louvor subiam ao Céu suave e reverentemente, em harmonia com os suaves cânticos dos elevados anjos, e com a passarada feliz que gorjeava despreocupadamente suas músicas. Não havia doença, decrepitude, nem morte. A vida estava em tudo em que se pudessem repousar os olhos. A atmosfera estava cheia de vida. Havia vida em cada folha, em cada flor e em cada árvore. 
O Senhor sabia que Adão não podia ser feliz sem o trabalho; portanto deu-lhe a agradável ocupação de cuidar do jardim. À medida que ele cuidava das coisas bonitas e úteis ao seu redor, podia ver a bondade e a glória de Deus nas Suas obras criadas. Adão tinha temas a contemplar nas obras de Deus no Éden, que era uma miniatura do Céu. Deus não formou o homem meramente para contemplar as Suas obras gloriosas; porém deu-lhe mãos para trabalhar, bem como mente e coração para contemplar. 
    Se a felicidade do homem consistisse em não fazer nada, o Criador não teria apontado o trabalho para Adão. O homem deveria encontrar felicidade no trabalho e também na meditação. Adão deveria ter em grande estima o fato de que ele fora criado à imagem de Deus, a fim de ser semelhante a Ele em justiça e santidade. Sua mente possuía a capacidade de cultivo contínuo, expansão, refinamento e nobreza pois Deus era seu professor, e os anjos seus companheiros. 

(No Deserto da Tentação, Ellen G. White)