Pais
e mães devem sentir que se lhes impõe o dever de guiar as afeições dos
jovens, a fim de que possam ser colocadas naqueles que hajam de ser
companheiros convenientes. Devem sentir como seu dever, pelo seu próprio
ensino e exemplo, com a graça auxiliadora de Deus, modelar de tal
maneira o caráter de seus filhos desde os seus mais tenros anos que
sejam puros e nobres, e sejam atraídos para o bem e para o verdadeiro.
Os semelhantes atraem os semelhantes; os semelhantes apreciam os
semelhantes. Que o amor pela verdade, pureza e bondade seja cedo
implantado na alma, e o jovem procurará a companhia daqueles que possuem
essas características.
Procurem
os pais, em seu próprio caráter e vida doméstica, exemplificar o amor e
a beneficência do Pai celestial. Que no lar prevaleça uma atmosfera
prazenteira. Isto será de muito mais valor para vossos filhos do que
terras ou dinheiro. Que o amor doméstico se conserve vivo em seus
corações, para que possam volver o olhar ao lar de sua meninice como um
lugar de paz e felicidade, abaixo do Céu. Os membros da família não têm
todos o mesmo cunho de caráter, e haverá frequentes ocasiões para o
exercício da paciência e longanimidade; mas, pelo amor e disciplina
própria, todos poderão estar ligados na mais íntima união.
O
verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente
em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que
subitamente morre quando severamente provado. É pela fidelidade para com
o dever na casa paterna que os jovens devem preparar-se para os seus
próprios lares. Pratiquem eles aqui a abnegação, e manifestem bondade,
cortesia e simpatia cristã. Assim o amor será mantido cálido em seu
coração, e aquele que parte de um lar semelhante, para se colocar como
chefe de sua própria família, saberá como promover a felicidade daquela
que escolheu para companheira de toda a vida. O casamento, em vez de ser
o final do amor, será tão-somente seu começo.
(Patriarcas e Profetas, Ellen G. White)